sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010


" É fácil trocar as palavras,
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter o calor!
É fácil sentir o amor,
Difícil é conter sua torrente!

Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.

Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo."
*Nada como o modernismo de Fernando Pessoa para inaugurar o blogger!
Segundo Pessoa, nada podemos saber da alma de outrem. Sabemos tudo sobre nós, sobre o que pensamos, sobre o que sentimos, mas o que podemos saber sobre a alma de outro? Procuramos qualquer sentido que faça, através de gestos, de sinais, mas nada sabemos a fundo o que é realmente a alma de outra pessoa. No seu dia-a-dia, com seus amigos, como você tenta saber como uma pessoa realmente é?

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

" Eu não tenho filosofia: Tenho sentidos..."

Sei que há várias definições para "sentidos" , mas a minha ideia é expor tudo auilo que define um poeta. Assim como a frase destacada de uma poesia de Fernando Pessoa, os sentidos de um poeta está em cada palavra que ele escreve, na sensibilidade do seu pensamento, em cada maneira de escrever o que sente, o que deseja, o que ama.

Vamos analisar cada estilo, cada momento da literatura e como alguns poetas repassaram isto.